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Coronavírus: tendências e boas práticas de produtividadeCoronavírus: tendências e boas práticas de produtividade

Coronavírus: tendências e boas práticas de produtividade

Manoel Silveira - 26 Mar 20

Articulo

7 min.

Assim como na Crehana, cada dia são mais empresas que pedem a seus empregados que trabalhem de suas casas como medida de prevenção diante do COVID-19. Fato é que as primeiras a fazê-lo foram as grandes empresas de tecnologia, como Twitter e Google. Crehana também se uniu a esta tendência!

O impacto do coronavírus obrigou os CEOs e gerentes a atuar rapidamente para que suas equipes se adaptassem ao trabalho remoto. Porém, em meio ao isolamento, surgiram algumas perguntas sobre como manter a produtividade em tempos de coronavírus:

É possível que as empresas possam seguir funcionando com sucesso, sem necessidade de que as equipes trabalhem em um mesmo lugar?

Que novas praticas implementar por causa da quarentena?

Este artigo pretende dar algumas dicas diante destes questionamentos. A princípio, manter a produtividade sem interagir cara a cara é possível. Quais são as práticas das corporações mais importantes do mundo para trabalhar de maneira remota? Ou quais são as tendências quanto à modalidade de trabalho, marketing ou e-commerce? Vamos descobrir!

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Trabalho remoto, uma tendência em alta

Twitter

A empresa com sede em São Francisco foi uma das primeiras a fomentar o trabalho obrigatório de casa. Desde 2 de março e até a data esta medida se estendeu a todos os seus empregados a nível mundial.

O Twitter entendeu a importância de ajudar seus talentos a estabelecer seus escritórios em suas casas, para seguir operando como sempre. Por isso, de seu blog informaram que “todos os empregados, inclusive os trabalhadores por hora, receberam um reembolso para os gastos com instalação de escritório em casa”.

Assim mesmo, ampliaram sua política para incluir equipes de escritório nas casas de seus empregados, como mesas, cadeiras de escritório e almofadas ergonômicas.

Adaptar-se à modalidade de trabalho remoto pode ser desafiante e o Twitter sabe muito bem. Foi elaborado um guia de recursos para facilitar esta transição, que está à disposição de qualquer pessoa. Quer manter sua produtividade laboral? Siga estes conselhos:

- Praticas recomendadas para trabalhar de casa: o Twitter considera que existem quatro fatores que devemos levar em consideração: o espaço de trabalho, a comunicação, o cuidado com a equipe e as horas de trabalho.

- Administrar uma equipe distribuída: o serviço de microblogging destaca três pilares que devem ser aplicado se lidera uma equipe remota ou em um mesmo lugar: estratégia, crescimento e cuidado. “Ser um gerente significa proporcionar uma experiência de empregado consistente e positiva para todos em sua equipe, independentemente de sua localização”.

- Guia de entrevista virtual: as entrevistas no Twitter são feitas por videoconferência. “É ideal para introduzir os candidatos a culturas de trabalho remoto, e é uma grande oportunidade para os candidatos que trabalharão de forma remota, pois terão uma ideia da experiência de interagir com outros membros da equipe de forma remota”.

- Guia para trabalhar em fuso horário diferente: neste caso se recomenda utilizar ferramentas de colaboração e seguir conselhos ergonômicos.

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Google

A empresa matriz da Google, Alphabet, pediu a todos os seus empregados da América do Norte trabalhar de forma remota até 10 de abril. Em 12 de março, a companhia informou que seus empregados na Europa, África e Oriente Médio deviam trabalhar de casa.

Estes dias, os trabalhadores da Google receberam um e-mail de Chris Rackow, vice-presidente de segurança global da companhia. A mensagem dizia o seguinte: “Por precaução e para a proteção da Alphabet e da comunidade em geral, agora recomendamos que trabalhem de casa, se sua função permite”.

Por outro lado, Google pensou em seus milhões de usuários que utilizam seus aplicativos diariamente. Com a propagação do coronavírus e o trabalho remoto, mais pessoas começaram a utilizar as funções premium do Meet. Pelo que anunciou que “até 1 de julho de 2020, todos os clientes do G Suite podem usar as funções avançadas de vídeo conferência do Hangouts Meet, como reuniões maiores (até 250 participantes), transmissão ao vivo e gravação” sem custo nenhum.

Através do Grow with Google, compartilharam conselhos e recursos gratuitos para trabalhar de maneira remota e “manter-se conectado e produtivo”. Por exemplo:

- Comunique-se de maneira efetiva, de onde estiver

- Conselhos e truques para trabalhar efetivamente de casa

- Crie, compartilhe e coedite documentos e apresentações no Google Drive

Facebook

A empresa liderada por Mark Zuckerberg pediu em 16 de março a seus empregados “quem puder trabalhar de casa, trabalhe”. Embora sinalizou em sua página de notícias que “há alguns trabalhos que não podem ser realizados de casa devido a razões de segurança, privacidade e questões legais”.

Para seguir funcionando e manter sua plataforma segura em tempos de coronavírus, o Facebook tomou as seguintes medidas:

- Reduzir o número de pessoas em qualquer escritório

- Implementar o trabalho home office a nível mundial

- Distribuir seus empregados em escritórios limpos e saudáveis

Além do mais, informou que os funcionários por contrato irão revisar o conteúdo em home office, até novo aviso. E terá certeza de que todos os funcionários sejam remunerados durante este tempo.

O Facebook destacou que os investimentos feitos nos últimos três anos – em relação à segurança, equipes de revisão de conteúdo e expansão dos recursos de aprendizagem automático – foram preparados para este momento.

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Microsoft

É outra das grandes empresas que rapidamente tomou medidas diante do COVID-19. Para estabelecer suas novas práticas, partiram desta pergunta: como se deslocam milhares de empregados para trabalhar de maneira remota de um dia para o outro?

A primeira coisa que fizeram foi enviar um e-mail para pedir a seus mais de 50 mil empregados de Seattle que trabalhassem de casa se pudessem, até 25 de março.

Já eram usuários ativos do Teams (o aplicativo para trabalhar em equipe, do Office 365), mas depois de aplicar a modalidade de trabalho remoto, o uso desta ferramenta entre os empregados dos Estados Unidos melhorou de maneira significativa.

“No final da quinta-feira, o chat aumentou 50% semana após semana e as reuniões aumentaram 37%. E também vimos pico de uso entre clientes, a medida que os trabalhadores de todas as partes se adaptam a reuniões, chats e colaboração apenas online”.

Estes são alguns conselhos de Jared Spataro, vice-presidentecororativo da Microsoft 365, para manter a produtividade laboral nestes dias:

- Estabelecer um local de trabalho

- Comunicar de maneira clara as horas de trabalho com os colegas de equipe e colaboradores para que saibam quando podem se contactar.

- Estabelecer limites saudáveis. A saúde vem primeiro, então lember-se de se dar um tempo para almoçar, tomar muita água e “sair” de maneira mental do trabalho remoto ao final do dia.

- Realizar reuniões efetivas e on line. Grave-as.

- Manter conversas casuais entre colegas. Isto ajudará a equipe manter-se conectada.

- Divirta-se. Microsoft nos lembra que é importante fomentar e manter o moral da equipe, “para manter entre as pessoas um sentimento positivo e de compromisso”.

Outras empresas

- LinkedIn pediu a todos os seus funcionários da América do Norte que trabalhem de casa até o final de março. Também pediu que adiem as viagens de negócios que não são essenciais.

- Netflix se viu na obrigação de pausar produções de TV e filmes durante duas semanas. Este é o caso de produções com roteiro nos Estados Unidos e Canadá.

- Apple pediu a seus empregados para continuar com suas funções em home Office.

- Disney também teve que tomar uma medida temporária: parar a produção de seus filmes (...)

Eventos de marketing on-line

A crise do coronavírus impactou negativamente os eventos de marketing. Depois do surgimento do COVID-19, muitas apresentações e exposições relacionadas ao mundo da tecnologia tiveram que ser canceladas, adiadas ou realizadas virtualmente. Entre elas:

- O evento mais importante do Facebook, F8, foi cancelado.

- A conferência Cloud Next 2020 do Google teve que ser feita online.

- O Adobe Summit também optou por fazer transmissão online.

- Outros eventos cancelados: o congresso Mobile World e o ciclo de conferências Google I/O.

A tendência é clara: devido à quarentena não é permitido ir a lugares públicos, eventos terão que ser realizados em plataformas online; mudando a forma de participar dos expositores e assistentes. Porém, isto não significa que as coisas vão melhorar neste setor.

Segundo a eMarketer, a perda total de eventos cancelados superará os 500 milhões (dólares). Uma recente investigação do Demand Gen Report indica que os eventos presenciais são vitais para as empresas B2B.

Sem ir muito longe, a indústria musical também se viu afetada por esta pandemia. Muitos artistas foram obrigados a cancelar turnês e shows. Alguns como Alejandro Sanz e Juanes decidiram continuar seus shows virtualmente.

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E-commerce e delivery no auge

Mas para o e-commerce a situação é positiva. Devido ao isolamento obrigatório, muitas pessoas recorreram às compras pela internet. Como indica a ROI Revolution, empresas como a JD.com (o maior varejista online da China) quadruplicaram suas vendas de alimentos básicos para a casa durante o mesmo período do ano passado; o desafio das empresas de e-commerce atualmente é lidar com as entregas de produtos. Alguns deles esgotados.

Amazon, por exemplo, tomou medidas drásticas com os vendedores que aumentaram o preço de seus produtos. Não só eliminou os produtos com preços dobrados ou excessivos, como também estabeleceu novas regras para que seus produtos não se esgotem. Por exemplo, se o produto está fora de estoque por mais de 30 dias, não terá um histórico de vendas quando voltar a ter em estoque.

O surto de coronavírus mudou drasticamente a forma de trabalho, realização de eventos e  compras online. Algumas empresas atuaram rapidamente, mas ainda existem alguns desafios pra superar com relação ao e-commerce. Entretanto, ficaremos atentos ao que ocorrerá nas próximas semanas.